Sustentabilidade
Em 1980 emergiu, vindo do meio corporativo financeiro, o conceito de
"Triple Bottom Line", então chamada PPP de "People Planet Profit".
Trinta anos depois, HOJE, ainda parece difícil, até extravagante, TENTAR integrar aspectos claramente educacionais e culturais com agricultura ou
defesa do meio Ambiente. ARTE? Como se fossem realidades ubíquas. Há tanto trabalho a ser feito ainda na área, que muitos se julgam "ATUAIS" ao
falarem em Sustentabilidade. Tanto trabalho a ser feito, até que deixe de ser um "modismo retórico", mas sim uma QUALIDADE e uma maneira de operar,
também na AGRICULTURA, obviamente.
O reconhecimento pelas Nações Unidas sobre o que é Desenvolvimento Sustentável, foi expresso em 1987 no Relatório Brundtland (1987):
"O desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem
as suas próprias necessidades, significa possibilitar que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível satisfatório de desenvolvimento social
e econômico e de realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da terra e preservando as espécies e os habitats
naturais."
Relatório Brundtland (1987)
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A base econômica é apenas uma entre três, abordagens intrinsecamente necessárias aos projetos, caso se queira que sejam duráveis. As decisões econômicas são
tomadas num ambiente em mudança e inseridas num todo social do qual não são dissociáveis. Fenômenos como a Motivação ultrapassam a teoria
Econômica estritamente monetária. Projetos que deixam em segundo plano as pessoas envolvidas ou o seu ambiente, estão condenados ao prazo da
intervenção econômica externa prevista. Porque alteram tanto o tecido social pressuposto, como o Ambiente em que ele existia.
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A base Social é aquela onde se situam os operantes, os realizadores da obra. Obviamente que um trabalhador preocupado com alimentação, a sua
saúde, segurança, sem acesso à informação e à cultura, será sempre pior trabalhador do que os outros e, no mínimo, é alguém que só fará o
trabalho por falta de opção. Logo que tenha outra opção, sai do projeto. A durabilidade e empenho investido na relação laboral vai depender do grau de dependência pela remuneração, dinheiro, e não por quaisquer outros critérios sociais, ambientais, de razão, interesse ou motivação. Primeira satisfação das necessidades básicas.
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A base ambiental é o pilar que suporta os lados econômicos e sociais do processo. Mesmo tendo a PESSOA HUMANA como principal RECURSO, a gestão
dos recursos naturais é inadiável e não é negociável, nem dispensável.
Curiosamente, muitos excelentes trabalhos ambientalistas foram pouco duradouros, porque não eram social ou economicamente sustentáveis a médio ou longo prazo. E verificamos também que, 30 anos depois
do "Triple Bottom Line" de John Elkington, os projetos ambientais que perduram, geraram recursos e contribuíram para melhorias sociais.